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Passamos uma semana na Croácia. Foi tempo suficiente? Não. Definitivamente não. É um país que comporta tranquilamente um roteiro de 15 dias apenas para fazer o básico e conhecer de norte a sul a região da costa, mas era o tempo que tínhamos, então aproveitamos ele ao máximo.
Organizamos a viagem pela Croácia com uma empresa super competente dos EUA e especializada na região (encontrei pelo Instagram e super indico) chamada Adventures Croatia. Eles não só fizeram a reserva de hotéis e transfers, como nos levaram para lugares super seletos e até mesmo secretos, que nunca descobriríamos sozinho, além de fazerem todas as reservas de restaurantes, inclusive os mais disputados.
Vale mencionar que compramos um ticket da Croatia Airlines para voar de Atenas para Split e definitivamente não recomendo. Havia lido que a cia era péssima, mas não quis acreditar. Pois pasmem que ela é horrível. Nosso vôo atrasou quase 7 horas e ficamos plantados no aeroporto sem explicação alguma. E não foi só o nosso, quase todos os vôos da cia estavam atrasados pelo menos uma hora. Sem falar que os funcionários são pra lá de antipáticos.
Começamos por Split, segunda maior cidade do país, depois de Zagreb, a capital, que infelizmente não tivemos tempo de visitar. É a cidade aonde viveu e morreu há quase 2 mil anos um imperador romano de nome comprido: Caio Aurélio Valério Diócles Diocleciano. Por isso o principal ponto turístico da cidade é o Palácio Diocleciano, uma espécie de mini cidade aonde tudo acontecia naquela época.
Fomos de carro em direção a Dubrovnik, ao Sul, uma viagem de 3 a 4 horas por estradas belíssimas. No caminho, próximo à costa, paramos em Ston, uma cidade murada histórica. Perto dalí, experimentamos um daqueles segredinhos bem guardados da agência de turismo: um passeio rápido de barco que nos levou direto a uma “fazenda” de ostras, aonde entendemos porque elas são tão valiosas e vivenciamos um verdadeiro banquete dos Deuses.
Voltamos do céu e nos direcionamos para a queridinha de todos. A charmosa e encantadora Dubrovnik. Ela é absolutamente tudo que eu imaginava e nos cativou por completo. Pequena, com apenas 45 mil habitantes, transborda vida e muita história. Mil posts não conseguiriam descrever com detalhe tudo que esse lugar transmite.
Saindo de Dubrovnik retornamos um pouco ao norte, pela Península de Peljesac, aonde almoçamos numa taberna dentro de uma vinícola de 500 anos, na região que eles intitulam Napa Valley da Croácia. Continuamos por estradas cênicas beirando o mar até Orebic, uma pequena vila de onde sai o ferry boat para a ilha de Korcula, nosso próximo destino.
Korcula é o nome da ilha e também da charmosa vila aonde nos hospedamos. Dizem que é aonde nasceu Marco Polo, há centenas de anos, antes de ir pra Itália. Sorte dele, pois o pequeno vilarejo é um lugar cheio de encanto para ficar uma noite ou até mais. Com intensa relação com o mar, a charmosa marina abriga uma porção de barcos com grandes velas e famílias aproveitando a maravilhosa atmosfera do lugar.
Aliás, aqui vale um parênteses. A Croácia por inteiro se relaciona muito com o mar. Quase que integralmente você está em contato com a água. Percebemos que em todo lugar que parávamos haviam marinas cheias de barcos. Bela forma de conhecer o país, pois realmente são inúmeras as ilhas, todas muito próximas, porém essencial um barco para se deslocar entre elas ou você tem que estar disposto a pegar ferry boat, que, vale comentar, funciona super bem, é um meio muito utilizado por todos.
Nós optamos por se deslocar de barco privado entre uma ilha e outra. Então um barco nos levou de Korcula para nosso próximo e último destino, a badalada Hvar (lê-se “ruar”). No trajeto, que durou cerca de 2 horas, paramos na ilha de Brac, mais precisamente em Bol. Praia lindíssima, mar espetacular. Foi alí também que almoçamos com uma vista maravilhosa, num restaurante de “locais”, dica do nosso marinheiro.
Ao final da tarde chegamos na tão comentada Hvar. Assim como Korcula, é o nome da ilha e da cidade (que chamam de Hvar Town), aonde ficam os famosos beach clubs com vista para o pôr-do-sol e toda a badalação. A cidade em si já é um charme só, toda em cor ocre (assim como quase todas na Croácia), casinhas amontoadas em ladeiras em frente a uma pequena baía, aonde ficam atracados belíssimos veleiros que dão o toque final para as fotos. Eu amei esse lugar.
Para retornar ao Aeroporto de Split, que fica a uma hora de Hvar, fomos em barco privado, mas muitos pegam ferry, que sai a toda hora da baía e chega à área central de Split. Funciona super bem, da próxima certamente será nosso meio de locomoção.
E assim finalizamos a nossa rápida, porém marcante experiência na Croácia. Um país com muitos encantos e muitos contrastes. Montanhas e rochas, mar cristalino e florestas. Cidades cheias de charme, cheias de história. Vale montar um roteiro combinado com a Grécia (como eu fiz) ou com Itália (logo em frente – têm até ferrys para fazer trajeto), ou, preferencialmente, um exclusivo de Croácia, pois o país em si é um destino completo, tanto para quem gosta de praias e badalação, quanto para quem gosta de história, gastronomia e sossego.