Review de Hotel – Cavas Wine Lodge Mendoza

Ficar no Cavas Wine Lodge era um sonho antigo. Desde 2008, quando eu ouvi falar em um lugar em Mendoza em meio aos vinhedos aonde era possível curtir o pôr-do-sol do rooftop do bangalô, conhecer esse lugar virou quase uma obsessão.

Entrada com Toque Francês 

Desde a reserva até o check out, fomos super bem atendidos, de uma forma verdadeiramente especial. Aliás, além do luxo do hotel, diria que o principal ponto positivo é exatamente a atenção especial ao detalhe, o que lhes rendeu a inclusão na renomada rede Relais & Chateaux. Toque de carinho dado pessoalmente pelos donos, que circulam pelo local e interagem com os hóspedes.

Fomos recepcionados com uma bela taça de vinho e apresentados às áreas comuns do hotel – que havíamos visitado na nossa primeira visita. São pequenos ambientes, sem ostentação, mas tudo com muito charme e conforto, decorados nos mínimos detalhes.

Para mim o ponto alto são os bangalôs, extremamente confortáveis e charmosos, com lareira em frente à cama e uma banheira vitoriana linda. Detalhe: não tem televisão, perfeito para namorar. A cereja do bolo é o rooftop, com outra lareira, que aquece as noites de quem quiser dormir por alí – programação das mais requisitadas nos meses de verão.

Outras programações oferecidas e bem solicitadas são a aula de culinária – aonde aprende-se a fazer a famosa empanada argentina – e as cavalgadas nos vinhedos. Tudo com custos extras, lógico. Inclusas na diária estão as degustações de vinhos da região, oferecidas diariamente, os passeios de bike e os eventos de final de tarde – numa das noites tivemos uma apresentação de piano e na outra um espetacular show de tango.

A cozinha é de alto nível, iniciando-se no café da manhã, com uma pequena mesa de buffet e o restante à la carte – quase tudo que você deseja pode ser pedido. Detalhe: estende-se até meio dia, o que permite aos mais dorminhocos relaxarem.

Para finalizar a deliciosa estadia, o hotel oferece aos hóspedes um Spa muito charmoso aonde é possível fazer massagens a dois, bem como um banho de vinho em um lindo ambiente com velas. Mais romântico, impossível. Perfeito para revigorar o corpo e enriquecer a alma.

 

As Vinícolas Mais Especiais de Mendoza – parte II

Você já deve ter lido os meus posts anteriores sobre Mendoza e sobre as vinícolas mais bacanas que visitei na minha primeira ida em 2017. Agora voltei lá e adicionei mais três à lista.

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Curtindo o Dia na Superuco

➡ Superuco

É uma bodega boutique com uma pequena produção orgânica e biodinâmica de altíssima qualidade. Para os proprietários, todos da família Michelini, na terra não existem vértices, portanto os vinhedos foram plantados de forma circular – a única bodega com esse tipo de plantação em Mendoza. Localizada no Valle de Uco, dentro das propriedades do The Vines Resort, a visita é simples e rápida, sem grandes formalidades. Os vinhos, em compensação, são dignos de um banquete. Simplesmente divinos! Altamente recomendável!!!

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Detalhes da Vinícola Superuco

➡ La Azul

É uma bodega boutique de estilo mais rústico que foca muito mais no serviço de restaurante do que na produção do vinho. Dito isso, você pode imaginar que não irá ao local pela visita a bodega, mas sim pelo almoço, muito gostoso, que inclui a degustação dos vinhos da casa. Fica em um local agradável, no Valle de Uco, com vista das montanhas. Ótimo para um almoço sem pressa descomplicado.

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Almoço na La Azul

➡ Bressia

Uma das vinícolas mais prestigiadas de Mendoza, mesmo sendo pequena e bem familiar. Seus vinhos – todos de excelente qualidade – são produzidos pelo fundador da bodega, que também dá o nome a cada vinho que produz. Uma visita simples, porém muito agradável que nos apresentou os detalhes da história dessa bodega que consideramos uma das melhores de lá. Tim-Tim 🍷

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Degustação na Bressia

Mendoza – Aonde Ficar

A região de Mendoza é enorme e as bodegas são bem espalhadas, então é um pouco difícil sugerir aonde ficar, depende muito do seu estilo de hospedagem e orçamento.

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Valle de Uco no Outono

Primeiramente, você deve levantar alguns pontos: você prefere ficar no meio dos vinhedos ou próximo de restaurantes e lojas? Você prefere ficar em hotel de rede ou aqueles mais distintos e exclusivos? Você estará em grupo ou é uma viagem romântica?

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Cavas Wine Lodge

Dependendo do que você respondeu, você pode escolher entre ficar hospedado no centro ou em uma das três principais regiões de Mendoza, conforme segue:

➡ Centro de Mendoza

Escolha um hotel aqui se você quiser ficar no meio de um centro urbano, com a maior variedade de lojas e restaurantes a poucos passos de distância. É um lugar interessante para ficar se você nunca foi a Mendoza, considerando que você ficará no meio de tudo. Ao mesmo tempo, falta bastante charme (é uma cidade seca, sem brilho) e você terá que viajar todo dia cerca de 30 – 60 mins para chegar em qualquer bodega. Nós ficamos no Park Hyatt Mendoza na nossa primeira visita, bem localizado em frente a uma linda praça, a poucos passos de distância dos restaurantes mais famosos. É um 5* com excelente conforto e serviço, mas não espere tanto – é um hotel de rede.

➡ Maipú

A região mais próxima do centro de Mendoza. Aqui você pode encontrar alguns hotéis charmosos, mas não tantos quanto em Lujan de Cuyo. Você também não encontrará tantas bodegas, mas na minha opinião é uma excelente região para ficar – juntamente com Chacras de Cória – para quem quer ficar próximo do centro, mas ao mesmo tempo no meio dos vinhedos, em lugares com melhor custo x benefício. Seguem algumas opções charmosas:

Club Tapiz

Finca Adalgisa

➡ Lujan de Cuyo

É a região mais famosa, aonde a maioria das vinícolas começaram. Deve ser incluso em todo itinerário de quem visita Mendoza pela primeira vez. Conta com inúmeras pousadas charmosas misturadas a intermináveis vinhedos. Se você quiser ficar em alto estilo, confere o fenomenal Cavas Wine Lodge, um membro da renomada rede Relais&Chateaux com serviço e conforto de primeira qualidade. Eu fiz um review completo desse hotel aqui.

Para aqueles que procuram uma hospedagem com charme no meio dos vinhedos, existem muitas outras opções. Algumas delas abaixo.

Entre Cielos

Rosell Boher Lodge

 

Jantar Romântico no Cavas Wine Lodge
Spa para Dois no Cavas Wine Lodge
Por do Sol no Rooftop do Cavas Wine Lodge
Banheira Estilo Vitoriano no Cavas Wine Lodge

➡ Valle de Uco

A região mais linda de Mendoza, na minha opinião. Quase toda vinícola de alta qualidade tem vinhedos por aqui. O The Vines Resort é o mais famoso da região, um 5* membro da renomada cadeia Leading Hotels of the World. É aonde fica o restaurante Siete Fuegos do legendário Chef Francis Mallman. Eu fiz um review completo desse hotel aqui.

Existem também outros hotéis e pousadas muito charmosos na região, abaixo alguns deles.

Casa de Uco

Gimenez Rilli

 

Piscina do The Vines Resort
Terraço do Quarto do The Vines
Jacuzzi do The Vines

Para mim, o melhor itinerário para quem visita Mendoza pela primeira vez seria ficar  pelos menos 4 dias, sendo 2 noites no Valle de Uco e 2 em Lujan de Cuyo. De Lujan você pode acessar com facilidade as vinícolas de Maipu e também os melhores restaurantes do centro de Mendoza. Aproveite!

 

 

Uma Semana pela Croácia

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Passamos uma semana na Croácia. Foi tempo suficiente? Não. Definitivamente não. É um país que comporta tranquilamente um roteiro de 15 dias apenas para fazer o básico e conhecer de norte a sul a região da costa, mas era o tempo que tínhamos, então aproveitamos ele ao máximo.

Arquitetura típica da Croácia

Organizamos a viagem pela Croácia com uma empresa super competente dos EUA e especializada na região (encontrei pelo Instagram e super indico) chamada Adventures Croatia. Eles não só fizeram a reserva de hotéis e transfers, como nos levaram para lugares super seletos e até mesmo secretos, que nunca descobriríamos sozinho, além de fazerem todas as reservas de restaurantes, inclusive os mais disputados.

Degustação de Azeite de Oliva em Split

Vale mencionar que compramos um ticket da Croatia Airlines para voar de Atenas para Split e definitivamente não recomendo. Havia lido que a cia era péssima, mas não quis acreditar. Pois pasmem que ela é horrível. Nosso vôo atrasou quase 7 horas e ficamos plantados no aeroporto sem explicação alguma. E não foi só o nosso, quase todos os vôos da cia estavam atrasados pelo menos uma hora. Sem falar que os funcionários são pra lá de antipáticos.

Plantação de Ostra em Ston

Começamos por Split, segunda maior cidade do país, depois de Zagreb, a capital, que infelizmente não tivemos tempo de visitar. É a cidade aonde viveu e morreu há quase 2 mil anos um imperador romano de nome comprido: Caio Aurélio Valério Diócles Diocleciano. Por isso o principal ponto turístico da cidade é o Palácio Diocleciano, uma espécie de mini cidade aonde tudo acontecia naquela época.

Uma das Torres do Palácio Diocleciano

Fomos de carro em direção a Dubrovnik, ao Sul, uma viagem de 3 a 4 horas  por estradas belíssimas. No caminho, próximo à costa, paramos em Ston, uma cidade murada histórica. Perto dalí, experimentamos um daqueles segredinhos bem guardados da agência de turismo: um passeio rápido de barco que nos levou direto a uma “fazenda” de ostras, aonde entendemos porque elas são tão valiosas e vivenciamos um verdadeiro banquete dos Deuses.

Passeio de Barco em Ston

Voltamos do céu e nos direcionamos para a queridinha de todos. A charmosa e encantadora Dubrovnik. Ela é absolutamente tudo que eu imaginava e nos cativou por completo. Pequena, com apenas 45 mil habitantes, transborda vida e muita história. Mil posts não conseguiriam descrever com detalhe tudo que esse lugar transmite.

Pictoresca Dubrovnik

Saindo de Dubrovnik retornamos um pouco ao norte, pela Península de Peljesac, aonde almoçamos numa taberna dentro de uma vinícola de 500 anos, na região que eles intitulam Napa Valley da Croácia. Continuamos por estradas cênicas beirando o mar até Orebic, uma pequena vila de onde sai o ferry boat para a ilha de Korcula, nosso próximo destino.

Estradas Cênicas ao Longo da Costa

Korcula é o nome da ilha e também da charmosa vila aonde nos hospedamos. Dizem que é aonde nasceu Marco Polo, há centenas de anos, antes de ir pra Itália. Sorte dele, pois o pequeno vilarejo é um lugar cheio de encanto para ficar uma noite ou até mais. Com intensa relação com o mar, a charmosa marina abriga uma porção de barcos com grandes velas e famílias aproveitando a maravilhosa atmosfera do lugar.

Korcula ao Amanhecer

Aliás, aqui vale um parênteses. A Croácia por inteiro se relaciona muito com o mar. Quase que integralmente você está em contato com a água. Percebemos que em todo lugar que parávamos haviam marinas cheias de barcos. Bela forma de conhecer o país, pois realmente são inúmeras as ilhas, todas muito próximas, porém essencial um barco para se deslocar entre elas ou você tem que estar disposto a pegar ferry boat, que, vale comentar, funciona super bem, é um meio muito utilizado por todos.

Porto de Korcula

Nós optamos por se deslocar de barco privado entre uma ilha e outra. Então um barco nos levou de Korcula para nosso próximo e último destino, a badalada Hvar (lê-se “ruar”). No trajeto, que durou cerca de 2 horas, paramos na ilha de Brac, mais precisamente em Bol. Praia lindíssima, mar espetacular. Foi alí também que almoçamos com uma vista maravilhosa, num restaurante de “locais”, dica do nosso marinheiro.

Belíssima Bol na Ilha de Brac

Ao final da tarde chegamos na tão comentada Hvar. Assim como Korcula, é o nome da ilha e da cidade (que chamam de Hvar Town), aonde ficam os famosos beach clubs com vista para o pôr-do-sol e toda a badalação. A cidade em si já é um charme só, toda em cor ocre (assim como quase todas na Croácia), casinhas amontoadas em ladeiras em frente a uma pequena baía, aonde ficam atracados belíssimos veleiros que dão o toque final para as fotos. Eu amei esse lugar.

Hvar Town

Para retornar ao Aeroporto de Split, que fica a uma hora de Hvar, fomos em barco privado, mas muitos pegam ferry, que sai a toda hora da baía e chega à área central de Split. Funciona super bem, da próxima certamente será nosso meio de locomoção.

Praias de Hvar

E assim finalizamos a nossa rápida, porém marcante experiência na Croácia. Um país com muitos encantos e muitos contrastes. Montanhas e rochas, mar cristalino e florestas. Cidades cheias de charme, cheias de história. Vale montar um roteiro combinado com a Grécia (como eu fiz) ou com Itália (logo em frente – têm até ferrys para fazer trajeto), ou, preferencialmente, um exclusivo de Croácia, pois o país em si é um destino completo, tanto para quem gosta de praias e badalação, quanto para quem gosta de história, gastronomia e sossego.

Croácia e seus Contrastes

Região de Jungfrau

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Se você leu o meu último post sobre Wengen, uma das filhas mais charmosas que visitamos na nossa viagem pela Suíça, você deve ter percebido que eu escolhi essa vila para ter fácil acesso a Estação de Ski de Jungfrau.

Jungfrau Ski Resort

De Wengen você pode acessar facilmente a estação de Kleine Scheidegg e o famoso Jungfraujoch, o Topo da Europa, a estação de trem mais alta do continente, um dos principais pontos turísticos da região.

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Nós tomamos o trem apenas até a estação de Kleine Scheidegg, porque queríamos esquiar e já era alto o suficiente para nós, mas a maioria dos turistas tomam dalí o trem até o topo. É bem fácil. Você pode ler mais sobre esse passeio nesse link.

Cenários de Sonho na Região de Jungfrau 

A Jungfraubahn – a ferrovia que faz a ligação entre a estação de Kleine Scheidegg e o Jungfraujoch – é considerada uma das mais antigas ferrovias da Europa, celebrou seu centenário em 2012.

A vila de Grindelwald ao fundo

De Kleine Scheidegg nós esquiamos até Grindelwald, outra vila de contos de fada, mas um pouco maior que Wengen. O caminho até lá era coberto de pinheiros nevados. Um verdadeiro sonho tornado realidade. ❤

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Hotel Bellevue des Alpes – no topo da montanha

Nós ficamos dois dias lá, pois estávamos a caminho de Zermatt, mas tem tanta coisa para fazer que eu posso afirmar que você pode ficar uma semana inteira na região e não vai se cansar. Murren também é linda, mas é no outro lado do Vale (para quem está em Wengen), então um pouco mais isolada.

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Mountain Bar

Lauterbruneen abriga o Vale das Cachoeiras – existem mais de 70. É um vilarejo charmoso também cercado pelas montanhas. A única diferença para Wengen é que aqui os carros são permitidos, então fica um pouco menos romântica, mas também é de sonho, assim como toda a região.

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Lauterbrunnen vista do trem

Você chega facilmente até a região de Jungfrau por Interlaken, veja mais sobre meu roteiro aqui. De lá você pode decidir se vai pela direita – por Lauterbrunnen – ou pela esquerda – por Grindelwald. Aonde quer que você vá, assegure-se de incluir pelo menos algumas noites em qualquer uma dessas belas vilas se você quiser ter uma verdadeira experiência alpina.

Uma Viagem com o Famoso Glacier Express

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Quando pensamos em ir à Suíça e decidimos viajar de trem, logo já veio à mente: temos que pegar o famoso Glacier Express. É nada mais nada menos que o trem panorâmico mais badalado do continente europeu – mas não o único, veja aqui os outros trens panorâmicos da Suíça.

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Vivendo um Sonho no Glacier Express

O caminho entre Zermatt e St. Moritz, ou vice-versa, é realizado em torno de 8 horas através de paisagens cênicas. O trem anda devagarinho, dá pra tirar muitas fotos. Tem alguns turistas mais “profissionais” que deixam a sua máquina filmando de forma ininterrupta, grudadas na janela, assim não perdem nenhum clique. Fiquei pasma com isso! Como não pensei nisso antes?

Lindas Vilas pelo Caminho 

Ao longo da rota, o trem passa por inúmeras vilas e estações, aonde você pode descer. Ou seja, não precisa fazer todo o trajeto. Para quem quiser fazer ele inteiro, é oferecido refeição a bordo. Não tivemos a oportunidade de almoçar no trem, porque descemos na terceira parada, mas parece ser tudo muito bem organizado. É uma rota amplamente utilizada por turistas ou quem está alí a lazer, pois o trem viaja devagar e passa por cidades minúsculas em regiões bem montanhosas, por isso os cenários são tão pitorescos.

Cenários de contos de fadas

Se tiver comprado um Swiss Pass ou um Single Ticket, basta fazer reserva de assento (que é paga à parte, conforme explicado aqui) para garantir seu lugar. Ou então você pode comprar direto o ticket do próprio Glacier. Tanto a reserva de assento quanto o ticket são adquiridos através do site deles. Para maiores informações em português acesse aqui. É altamente recomendável que você faça reserva com bastante antecedência, pois ele facilmente lota. Então, o que você está esperando?

Viajando pela Suíça

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Quando eu começei a planejar a nossa viagem à Suíça, eu considerei fazê-la de carro para aproveitar as maravilhosas estradas. Então eu comecei a pesquisar bastante e percebi que o Sistema de Trens Suíço (SBB) é um dos melhores do mundo, se não for realmente o melhor. Clique aqui para acessar um site em português sobre as rotas ferroviárias.

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Maravilhosas Paisagens entre Lucerna e Interlaken

No começo parecia um pouco confuso, porque não estou acostumada a pegar trem e esse sistema é diferente dos trens franceses – onde você compra um ticket para uma rota, um assento e uma hora determinada – mas quando eu entendi por completo tudo fez muito sentido. Na Suíça você compra um passe para um dia, escolhe a rota e pronto. Depois disso você pode pegar qualquer trem e sentar em qualquer assento daquela rota, salvo raras exceções.

Bom, primeiramente você precisa definir se pegará trem todos os dias ou apenas alguns dias. E se você vai fazer rotas mais curtas ou mais longas. Dito isso, agora é a hora de decidir se você vai comprar um Swiss Travel Pass ou um ticket comum. Eu pesquisei muito antes de definir. Na minha opinião, o Swiss Pass só vale a pena se você for viajar bastante, quase todos os dias da viagem, sem querer ficar contabilizando quantos trens vai pegar. Você fica livre, mas essa liberdade custa caro. Se for ficar alguns dias no mesmo local será melhor comprar tickets comuns. Mas afinal, qual a diferença entre eles?

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Estação de trem cheia de neve – visual típico na Suíça no inverno

O Swiss Travel Pass é um passe de 3 a 15 dias, consecutivos ou não, que dá acesso a diversos meios de transporte (trem, metro, barco), não importando a origem e o destino. O Single Ticket – o ticket comum – você compra com uma origem e um destino pré-definidos (uma rota determinada). Ainda assim, fica livre para pegar qualquer trem dessa rota. Logicamente esse último sai mais barato, porém você fica limitado a uma rota específica. No outro você paga mais caro, mas fica livre para utilizar à vontade no dia do uso, ou seja, por 24 horas a contar do primeiro transporte utilizado naquele dia.

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Belos Lagos Suíços

Acabamos definindo por comprar o Single Ticket, pois ficaríamos muitos dias em cada destino, não trocando tanto de lugar, e também porque não pegaríamos diversos trens no mesmo dia, basicamente somente da cidade de origem ao destino. Para reduzir os custos, achei interessante comprar o Half Fare Card, um cartão que dá direito a descontos de até 50% em quase todos os meios de transporte. Ele vale por um mês, tem que andar pra cima e pra baixo com ele se quiser usufruir dos benefícios.

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Curtindo o visual do trem

É importante saber que, mesmo com o Single Ticket, você tem total liberdade para viajar da cidade de origem ao destino na hora que quiser, dentro das 24 horas do dia estabelecido no ticket. Ou seja, se você quiser descer no meio do caminho, almoçar e depois pegar o próximo trem, desde que não mude o destino e não passe das 24 horas, pode fazê-lo, o que proporciona muita liberdade. Foi o que fizemos entre Zurich e Wengen, parando em Lucerna para almoçar.

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Paisagens de Inverno

🇧🇷 As coisas mais importantes a saber antes de ir são:

➡ Baixe o aplicativo do SBB para poder acessar os horários de trens e assentos disponíveis de forma online;

➡ A malha ferroviária é extensa, geralmente são muitas as opções de trens entre um local e outro, muito fácil de se locomover, apenas lembre de checar o aplicativo.

➡ Você tem liberdade para escolher os horários no dia do uso ( o dia assinalado no ticket), a não ser que tenha comprado um trem com desconto. Nesse caso terá que pegar exatamente os trens que selecionou.

➡ Se você estiver viajando com malas ou equipamento de esqui, saiba que o sistema de trens suíço oferece transporte porta-a-porta, o que facilita muito os deslocamentos. Confira mais aqui.

➡ Você não precisa reservar assentos. Na maioria dos trens é só chegar e escolher um lugar dentro da classe adquirida. São muitas as opções ao longo do dia.

➡ Se você deseja pegar um trem específico, como o Glacier Express, aí sim a reserva de assento é essencial. Geralmente está indicado com um R, sinalizando que é obrigatório fazer reserva, que é paga à parte (foto abaixo).

Ficou curioso em saber mais sobre o Glacier Express? Então confere aqui e… Boa viagem!img_4374

 

 

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Vivendo um sonho no Glacier Express

 

 

 

 

 

Wengen – Uma Vila de Conto de Fadas

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Nosso primeiro ski resort da Suíça foi um lugar que nunca havia ouvido falar. Quando comecei a pesquisar no Instagram e blogs de viagem sobre lugares para ficar no caminho entre Zurique e Zermatt, eu vi algumas fotos mágicas de vilas pequenas e charmosas na Região de Jungfrau: Lauterbrunnen, Wengen, Murren, Grindelwald…

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Wengen vista do trem

Todas elas parecem ter saído direto de um conto de fadas. Aconchegantes, repletas de pequenos chalets de madeira que completam aquele charme alpino. Algumas não permitem a entrada de carros, mantendo ainda mais a originalidade das antigas vilas de inverno.

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Vivendo um sonho

Entre todas elas, escolhemos Wengen. Eu havia lido que era uma das mais charmosas vilas da região e teria acesso direto às pistas de ski. Uma vez que estávamos lá para esquiar, pareceu ser a escolha perfeita. E eu posso afirmar, sem sombra de dúvidas, que realmente foi.

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Wengen ao anoitecer

Ficamos hospedados num hotel pequeno e aconchegante chamado Alpenrose. Nosso quarto tinha vista da montanha e eu não poderia ter ficado mais feliz. Feito todo em madeira, pequeno e simples, mas muito charmoso. Nós conseguíamos chegar esquiando até o hotel se quiséssemos. Ele fica localizado numa área tranquila, mas próxima ao centrinho, aonde as lojas e a estação central estão.

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A estação de trem é o único meio de chegar à cidade e de lá você pode pegar um trem e ir ao topo da montanha. Eles utilizam trens vintage nessas rotas, então você tem a sensação de que está viajando no tempo. Uma experiência super romântica e autêntica, me senti num cenário de filme.

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Estação de trem nevada em Wengen
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Wengernalpbahn – os trens vintage 

Outra dica de hotel simples, mas charmoso é o Schoenegg. É super bem localizado, no centro da aconchegante vila, próximo a restaurantes e bares.

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Centrinho de Wengen 

Tanto no inverno quanto no verão, Wengen e toda a Região de Jungfrau é um daqueles lugares para quem procura uma experiência autêntica na Suíça.

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O charme de Wengen 

Onde Sair em Zurique

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Zurique é uma cidade vibrante e ao mesmo tempo elegante. Você pode ter todo tipo de experiência numa cidade como essa, desde a mais simples até a mais requintada.

Começando pelo clássico. Se você quiser ter uma experiência super genuína e luxuosa, vá ao legendário Kronenhalle, o lugar de encontro de famosos artistas e escritores, aonde você pode jantar rodeado por telas originais de Picasso e Chagall. Experimente o famoso Filé a Chateaubriand, um clássico delicioso. Para um jantar memorável.

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Decoração Clássica do Kronenhalle
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Filet au Chateaubriand

Se você é do tipo que adora um italiano e está pensando num almoço ou jantar descontraído, experimente a Cantineta Antinori, um clássico italiano de Florença com vinhos a preços honestos, super bem localizado nas ruelas de Old Town, próximo a famosa Banhofstrasse e seus Bancos de Investimentos.

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Italiano bem localizado nas ruelas de Old Town
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Ambiente Romântico do Cantineta Antinori

Pensando naquele chocolate quente para tomar no meio da tarde, curtindo a vida passar sem pressa, então o melhor lugar pra isso é na cafeteria Barchetta, do luxuoso Storchen Hotel. Para se sentir como se estivesse em Veneza, curtindo a vista debruçado sobre o rio.

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Veneza ou Zurique?
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Chocolate quente delicioso no Hotel Storchen

Agora se você é fã de um happy hour e busca algo elegante e descontraído – com a melhor vista de Zurique – não deixe de conferir o Jules Verne Panorama Bar. Chegue por volta das 17hrs – antes do final do expediente na região – pois depois disso o lugar fica tomado por executivos recém saídos do trabalho e será difícil conseguir uma mesa. Peça uma champagne e aprecie o visual 360o da cidade. Tim-tim!

 

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Zurique vista de cima
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Bela entardecer visto do Jules Verne Panorama Bar

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Se você é como eu e tem uma queda por fondue de queijo – especialmente quando você está na Suíça – então saiba que você pode experimentar um fondue delicioso e com preço acessível em Zurique, em um lugar charmoso chamado Swiss Chuchi. Não é exatamente sobre o lugar em si – é simples, mas acolhedor – é sobre o fondue, que é simplesmente uma delícia e você pode escolher entre uma grande variedade de sabores, incluindo um com champanhe e trufas. Delicioso, não!

Finalmente, mas não menos importante, se você quiser saborear algo diferente, fora do comum, uma comida realmente deliciosa criada por uma Chef premiada, então você precisa ir ao Bauernschaenke Restaurant, uma das cozinhas mais inventivas de Zurique, bem localizado no meio da Old Town. Reservas são altamente recomendadas.

Vibrante Zurique

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Começamos nosso roteiro pela Suíça por Zurique, na minha opinião a mais charmosa e encantadora “grande” cidade do país. Já estive em Genebra e também passei por Bern, a capital, mas Zurique arrebatou meu coração com suas belas ruas e elegantes opções de vida noturna.

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Zurique vista do Jules Verne Panorama Bar

Vibrante, mas também silenciosa, limpa e organizada, histórica e ao mesmo tempo moderna. É um destino muito procurado por quem quer curtir bons restaurantes e lojas, se exercitar à beira do lago ou curtir um happy hour nos elegantes bares da cidade.

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Charmosas Vitrines de Zurique

Para mim o ponto alto da cidade é o Centro Histórico, com suas ruelas charmosas, cheias de pequenas boutiques e bistrôs aconchegantes. Alí nessa região fica também a Estação Central – chamada Stadelhofen – e a famosa Bahnhofstrasse, a rua da estação, com seus trams elétricos silenciosos para lá e para cá, lojas mundialmente conhecidas e os principais bancos suíços.

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Ruelas Charmosas da Old Town

Li alguma crítica sobre a cidade antes de ir, de que seria muito comercial e nada turística, voltada à executivos de bancos. De fato essa parte existe, mas vem daí também o alto nível dos restaurantes e hotéis, a limpeza das ruas, os bares elegantes no happy hour, pessoas super bem vestidas nas ruas. Para mim, é tudo que quero ver numa cidade “grande”.

 

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Banhofstrasse

Grande entre aspas, porque essa cidade linda tem apenas 400mil habitantes, mas para o padrão suíço de pequenas cidades ela é sem dúvida uma das maiores e mais vibrantes. Procure se hospedar perto do lago e do Centro Histórico e espere para viver uma cidade surpreendente, com toda a sua história e riqueza misturados ao conhecido charme europeu.

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Zurique ainda mais linda à noite